quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Cena sete: A fuga para o Egito


Algum tempo depois, um novo susto...
Eis que um anjo do Senhor aparece em sonho a José e o avisa: “Toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e demora por lá até que eu te diga o quanto, uma vez que Herodes procurará o menino para matá-lo”...
Começava ali uma longa viagem de fuga...
José tomou o menino e sua mãe e partiu, como o anjo ordenara...
Na escuridão da noite, cercada de insegurança e medo, a pequena família se despede do abrigo que a acolhera naqueles dias e segue, exilada em direção ao Egito distante.
Seguiriam circundando o mediterrâneo, atravessariam o deserto do Sinai, chegariam até o rio Nilo e de lá desceriam ate algum abrigo seguro.
Pelo deserto enfrentariam o clima, a noite, os salteadores e os perigos naturais dessa escapada súbita.
Não sabiam por quanto tempo permaneceriam naquela terra distante, de lingua diversa e de memória tão triste para o seu povo.
Não sabiam por quanto tempo não poderiam voltar para Nazaré, rever sua gente, apresentar o menino às suas famílias e a seus amigos, estar de volta ao lar...
Tomaram a decisão de fugir porque, pelo que haviam vivido até ali, deviam respeito à Deus e às palavras do anjo.
Fugiram.
Não demoraram,
Silenciosos, sem alarde, calmamente...
Como se fossem larápios,
Sem ter culpa,
Era preciso seguir em frente...

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