O tempo passou...
Impiedoso, o tempo não se curva aos homens maus...
E por mais fortes e por mais cruéis que sejam, o tempo impiedoso não se curva diante deles...
E com o tempo, cada um daqueles que tentaram contra a vida do menino passou...
Morreram os que tentaram contra a vida do menino, porque diante deles o implacável tempo não se curvou.
Herodes, o Grande, personifica o símbolo de todos eles, mas o evangelho faz perceber que não agiu sozinho
Deixou esta vida, cuja história manchou com inúmeros assassinatos cruéis, de modo sofrido e lamentável...
Deformado por grave doença que lhe inchou todo o corpo e lhe apodreceu a carne, sozinho e sem afeto, morreu...
Sem o amor dos filhos que assassinara, sem a companhia da esposa que amara tanto e que roubara a vida sem piedade, sem a compaixão de tantos quantos o cercavam, pobre assim, morreu...
Não levou o trono para as trevas com ele...
O esquife de ouro e pedrarias contendo seu corpo morto foi tão somente o lugar para onde as larvas e os microorganismos seguiram para se alimentarem da carne morta e putrefeita...
O tempo, implacável, não se curva aos piores homens maus, tampouco aos mais poderosos...
Somente a misericórdia divina, entretanto, silenciosa e serena, é capaz com seu poder inquebrantável de fazer do homem morto um homem redivivo e do homem mau, um homem renascido.
O tempo, implacável, desafia a tudo...
A misericórdia divina desafia o tempo...
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